domingo, 22 de setembro de 2013

A construção do conhecimento (2)


A construção do conhecimento (2)

 

Existem algumas teorias da criação e formação do Mundo e do Universo. Todas são teorias, hipóteses de uma criação universal. O ser humano só entende algo que tenha um início, um meio e um fim, tal como ele mesmo vê acontecer com os outros seres e com seus semelhantes. Não admite um universo sempre existente, sem início e sem fim. Para tudo tem que haver um fato, uma causa, um efeito. Um momento de criação e uma responsabilidade pela criação, e se não foi o homem o responsável pela criação, foi um deus do mundo invisível. Todo efeito tem que ter uma causa, mesmo que não se comprove ou veja por meios científicos. Tal como o vento, o homem sempre o sentiu, mas não o via, apenas sentia sua passagem e sua temperatura, até que pode justificar os ventos pelos estudos de variação de pressão em pontos diferentes. A religião e a ciência são duas retas que se encontram no infinito.

Hoje existem candidatos a uma viagem de ida sem volta ao planeta Marte. Aquele viajante da viagem sem volta que conseguir se adaptar e sobreviver vai se fixar naquele planeta. Lá irá constituir e construir uma história de gênese naquele novo planeta, para justificar e explicar aos seres descendentes. E seres vindos do céu em naves espaciais trarão mensagens da Terra. Antes não havia naves espaciais, havia carruagens, e carruagens de fogo desciam do céu. Os relatos são de acordo com o conhecimento do escritor. Com certeza a nave que levará os pioneiros terá um computador de bordo controlando todos os sistemas, e os pioneiros estarão autorizados a mexer em algumas placas que são verdes como um jardim. Mas estarão proibidos de mexer no circuito central do computador onde tem o desenho de uma fruta mordida.

Até que o cientificismo com suas provas e contraprovas prove o contrário, a história do mundo, do nosso mundo, começa com dois personagens, em nosso planeta, Adão e Eva em um paraíso, um lugar com as necessidades básicas de sobrevivência a seres humanos, a uma geração de descendentes da raça adâmica.

Adão e Eva, um casal com o objetivo de ocupar o planeta, crescendo e se multiplicando. Dispunham ali naquele jardim, um pomar com uma infinidade de frutos para saciar a fome fisiológica da necessidade corporal. E apenas um fruto dentre tantos naquele jardim era proibido, o fruto do conhecimento. A árvore no centro do Edem ficou simbolizada pela macieira, a arvore que produz o mesmo fruto com diversidades simbólicas, o fruto que foi envenenado pela bruxa no conto de Bela Adormecida, o fruto que caiu na cabeça de Newton fazendo-o entender a gravidade. E ainda o mesmo fruto que inspirou Steve Jobs, na criação de uma logomarca. Steve Jobs logo após a sua morte apareceu em uma nuvem em capas de revistas. Macintosh é uma variedade de maçã, apreciada por um parceiro de Steve Jobs.

Por muito tempo a maçã foi a fruta simbólica que alunos levavam como um presente à professora, a provedora do conhecimento. Um fruto que cortado ao meio, dá ideia de ressurgência, e foi a partir da ingestão de um alimento que começou o conhecimento, Adão e Eva no paraíso. O conhecimento começa pela boca, pelos saberes e sabores.

Adão e Eva provaram justamente daquele fruto que era proibido e se deram conta de situações que não tinham conhecimento anterior. Perceberam que estavam nus e precisavam de vestimentas, não só para cobrir a sua nudez, mas para fazer excursões e incursões a outras paragens, e ocupar um planeta com variações de temperatura e diversidade climática.

O Brasil não viveu a época das descobertas e usos dos metais. O Brasil viveu e ainda vive a época do couro. As vestimentas dos vaqueiros são as suas armaduras, para se proteger de inimigos na caatinga. O sertanejo cobre o corpo com gibão de couro para se proteger não só das juremas e seus espinhos, mas também de mandacaru, facheiro e xique-xique. Fica bem expositivo isto no depoimento de Cila, testemunha do massacre, falando sobre o cerco policial, que matou Lampião.

A Bíblia é encarada como um livro religioso, mas é um manual de instruções para sobrevivência no planeta, e a ciência se apropria de elementos da religião (A usurpação da ciência 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Jornal de Hoje. ago e set/ 2013). A Bíblia com tantas informações contidas justifica ser um livro sagrado, deixado pelos primeiros ocupantes do planeta.

 

Artigo Publicado:
Jornal de HOJE | Nº 4.747
Natal/RN
segunda-feira - 23/09/13
 
 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  22/09/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nísia e o Baobá


Nísia e o Baobá
 

Relatos dos arquivos da história norte-rio-grandense dão conta que invasores holandeses ocuparam a região de Nísia Floresta. Foram embora e não contribuíram, não deixaram alguma obra significativa ao povoado, fase histórica considerada como uma época de estagnação (Terras Potiguares, Marcus César Cavalcanti de Morais – IHGRN, 2007).

A importância e distinção de sua filha mais ilustre é que provocou a troca do nome da antiga localidade com denominações anteriores de Papary e Paraguaçu (sec. XVII), Vila de Papary e de Vila Imperial, para município de Nísia Floresta (1852/1948 – desmembramento e troca de nome).

Nísia Floresta Brasileira Augusta, um nome formado pelo pseudônimo poético da famosa escritora potiguar de Papary, Dionísia Gonçalves Pinto. Floresta em razão do Sítio Floresta local do seu nascimento, onde se encontra seu mausoléu. Brasileira uma referencia nacionalista de uma época que viveu fora do país. E Augusta em referencia ao seu segundo marido chamado Augusto, e pai de sua filha Lívia.

Atualmente o município de Nísia Floresta/RN, conta com um turismo na orla marítima, com diversas praias, ecoturismo e turismo lacustre, com lagos de importância pesqueira, desde o tempo em que era ocupada por índios Tupis, quando Papary era o nome de uma lagoa, entre outras, com pesca abundante.

Nísia foi uma mulher de ideias avançadas para a sua época, teve ideias revolucionárias diante a sociedade conservadora daquele momento de sua existência, chegou a receber inúmeros adjetivos em função de suas opiniões. Usou um pseudônimo conhecido internacionalmente. Publicava artigos em jornais falando da condição feminina naquele momento.

Hoje o centro da cidade de Nísia Floresta/RN conta com um exemplar de baobá, arvore de origem africana, plantado em 1877. O exemplar existente no centro da cidade, próximo ao terminal rodoviário, a antiga estação ferroviária, a praça principal e a igreja central, tem tombamentos e preservação em ambitos, municipal e federal. É possível encontrar outros exemplares de baobás em regiões próximas (por ex. Natal/RN e Macaíba/RN).

Há algumas hipóteses e estudos tentando comprovar e afirmar que autor do livro O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince, 1943 nos EUA), o romancista francês Antoine de Saint-Exupéry teria passado nesta região e conhecido a arvore de origem africana, o baobá, e esta seria a razão de incluir o vegetal na história do seu livro.

Com a presença portuguesa no local nos idos de 1700 é que a região começou a tomar impulso, época que foi arruada a localidade e construída a Igreja de Nossa Senhora do Ò, a padroeira da cidade. Prosseguindo então a região com uma economia pesqueira e agrícola.

Hoje o município de Nísia Floresta conta com uma área de 306 Km2, e suas atividades econômicas estão compostas alguns setores como agropecuária, pesca, extrativismo e comercio.

 

DCE/FMN

 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  19/09/2013
 
 
 
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domingo, 15 de setembro de 2013

A construção do conhecimento (1)


A construção do conhecimento (1)

 

Devora-se um livro para saciar a fome do saber e do conhecimento, porque o saber tem sabor e o sabor tem saber. Guerras e batalhas já foram realizadas por disputas de campos férteis e produtivos. Invasões ao território brasileiro no nordeste aconteceram durante a época da colonização pela produção e transformação de cana de açúcar, que já foi um bem de enorme valor na época, adoçando bocas e bolsos. Povos navegantes em embarcações sem propulsão chegaram ao nosso continente ao sabor das ondas e dos ventos.

A economia define três etapas, ou setores comerciais, das trocas de mercadorias entre os povos e nações. Na comercialização e produção de bens, produtos ou mercadorias, definem-se três categorias da economia: primaria, secundaria e terciária. A agricultura e pecuária sejam elas extrativista ou extensiva, estão classificadas como setor primário. E enquanto no mundo de hoje, inúmeras empresas multinacionais estão no setor terciário vendendo ou comprando serviços, grandes grupos administram e controlam outras empresas associadas e vinculadas aos setores primário e secundário.

Administra-se e comercializam-se bens tangíveis e intangíveis. A detenção da administração e controle de grupos de empresas e de pessoas, esta associada à detenção de capitais, de poderes, de valores e de conhecimento.

A construção do conhecimento começa pela boca, luta-se pela fome e pelo sabor. As necessidades de poderes e conhecimentos provocam guerras, na busca do saber e dos sabores. Da conquista do controle espacial, cultural e econômico, questões de estudos da geografia social e humana. A geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra, disse Yves Lacoste em sua analise da geografia do mundo em subdesenvolvimento.

A geografia feita hoje se tornará a história de amanhã. Exércitos marcham sobre seu estomago disse Napoleão Bonaparte, também vítima de um câncer no estomago. Exércitos perderam batalhas por deixar suas tropas com fome no front de batalha. Um fato tal como o acontecido em uma das batalhas contra o arraial de Antonio Conselheiro, onde os planos iniciais eram dar descanso e rancho as tropas antes do ataque. Ao avistar o arraial de Canudos o comandante da tropa optou por atacar e almoçar em Canudos, resultado: a tropa invadiu o arraial em busca de comida e perdeu a batalha (Guerra de Canudos, filme de Sergio Rezende). Um ditado antigo diz que saco vazio não fica em pé.

A detenção do saber e do poder. O conhecimento é processado e construído a partir das informações e percepções do corpo, as informações são obtidas do meio através dos sentidos, percepções do corpo humano, definidas pelos estudos de fisiologia humana como sendo os cinco sentidos do corpo. Desde quando criança os sentidos é que nos dão a ideia do mundo que passamos a habitar. A luz, a sensação de calor, frio ou quente, os sons, são as primeiras sensações de uma criança ao nascer. A mulher parturiente dá a luz ao bebe que vai nascer, da à oportunidade da criança ver a luz ao nascer, informação e sensação que não tinha antes de nascer. 

Um conhecimento se forma a partir de inúmeras informações, que chegam ao cérebro através de sistemas complexos de transmissão de informações desde os pontos de captação até chegar ao cérebro, sensações captadas pelos sentidos, como luz ou ausência de luz, muito ou pouca luz, diferenças de cores, frio ou calor, cheiros e odores. Sons, altos ou baixos, naturais ou artificiais, sabores e dissabores.

Decifra-me ou eu te devoro.

 

Jornal de HOJE

 
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domingo, 8 de setembro de 2013

A usurpação da ciência (6)


A usurpação da ciência (6)

 

Quando um padre sobe ao altar para rezar uma missa, cada cor de peça ou bordado tem um significado, e o padre deixa de ser ele mesmo para representar o Cristo. Na denominada academia, ou seja, em faculdades e universidades, a cada conquista e a cada diplomação ou certificação, há um rito de consagração, uma colação de grau. E a ciência foi novamente na religião buscar alguma inspiração. A fim de consagrar em ato solene a entrega de diplomas e certificados, foi buscar na liturgia religiosa os rituais e a paramentação para as solenidades majestosas de diplomação e titulação. Como sempre, fez uma serifação como estratégia de ineditismo. Não copiou vestimentas, mas criou um novo vestuário para o momento formal, não copiou as cores, mas deu um novo colorido aos novos significados. Quando o formando todo paramentado de vestuário e acessórios, sobe ao palco para receber seu canudo simbólico, deixa de ser ele mesmo para representar uma instituição de conhecimento.

A ciência não copiou chapéus e ornamentos sobre a cabeça, mas criou novas coberturas. Todo acessório sobre a cabeça tem um significado, desde o quipá judaico ao capelo (uma analogia a coroa real), usado pelo formando, passando pelos quepes militares. Todos tem o significado básico, de que existe algo ou alguém acima, algo ou alguém com uma superioridade, seja de valor de conhecimento ou de autoridade, formalizando assim uma hierarquia.

A beca preta dá uma ideia de imunidade, de algo oculto ou inacessível, algo que só pertence aos iniciados naquele conhecimento. Uma cor que absorve e remove negatividades. E por cima da beca preta vem a pelerine colocada sobre os ombros, símbolo de responsabilidade, “a responsabilidade pesa sobre os ombros”, em cores que identificam e personalizam o pertencimento a um grupo, um ideia do significado, da área de conhecimento que esta oculta sob a veste preta, o conhecimento que aquele detém. O ato de diplomação em uma faculdade é um momento acadêmico impossível de ser negligenciado ou recusado. Mesmo aqueles formandos que não queiram participar da cerimônia coletiva de diplomação, terão que o fazer em ambiente restrito. Terá que receber o diploma simbólico das mãos de um superior, sem um rito não há consagração.

A cor branca foi comprovada pelo disco de Newton ser um conjunto de todas as cores. Tanto no sentido religioso quanto no sentido acadêmico a cor branca é reservada aos detentores do conhecimento maior. A luz branca sob um olhar científico é a luz do conhecimento e sob o olhar religioso é a luz divina, uma cor espiritual e equilibrada, a cor da verdade.

As diferentes cores das vestes litúrgicas visam manifestar externamente o caráter dos mistérios celebrados, e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico. Enquanto que as diferentes cores nas vestes acadêmicas representam a área de conhecimento dependendo da cor da pelerine, a capa talar, uma veste similar ao amito dos padres. Enquanto o padre coloca o amito sobre a batina formandos e formados colocam a pelerine sobre a beca.

Os anéis de formatura têm uma razão e uma história. Em tempos longínquos só as famílias de posse e os mais abastados e influentes usavam anéis. Os anéis tanto podiam conter o brasão da família como podiam servir de carimbo em lacres, dando valor e autenticidade a um documento.

As condecorações com o tempo tornaram-se símbolo de ato de bravura, o concluinte dos cursos é considerado herói, um novo membro da realeza, pertencente a um domínio de conhecimento. Em uma época de tecnologias de informação, com o acesso a informação cabendo literalmente na palma da mão, o novo poder é o conhecimento.

O Brasil passa por uma situação interessante, a vinda de médicos cubanos, um exemplo claro de valor do conhecimento. O conhecimento tem valor não importa a embalagem que o contem, e entra em jogo a antiga lei de mercado, lei da oferta e da procura. Cada produto tem o seu preço, e cada comprador paga o que lhe convém.

 

Jornal de HOJE

 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  8/09/2013
 
 
 
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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A usurpação da ciência (5)


A usurpação da ciência (5)

 

A ciência foi buscar na religião os títulos para seus acadêmicos de carreira universitária em posições de controle e domínio. Uma expressão retirada da igreja e que atualmente não é mais utilizada é a de catedrático, palavra derivada de catedral. Dentro das universidades, aquele que detinha um conhecimento de uma determinada cadeira ou disciplina, ocupava uma cátedra e era conhecido como catedrático da disciplina ou até mesmo do curso, o cargo máximo de um curso superior. Hoje não há mais catedráticos, mas ainda encontram-se nas universidades federais os professores auxiliares, adjuntos e titulares, enquanto uma nova nomenclatura de posição já surge, e se adéqua, o professor associado.

Com a popularização do ensino superior o termo cátedra foi abolido e hoje todo corpo docente pode ter a oportunidade de ocupar uma chefia de departamento ou uma coordenação de um curso. Posições que possuem mais tarefas administrativas do que educacionais. Cargos desejados por quem tem um gosto e tendências pela administração, e não desejado por quem tem gosto e prazer por sala de aula.

Nas universidades ainda estão sendo preservados os títulos de mestres e doutores. Mestre um título do segmento religioso ocultista. Doutor um título usado dentro do catolicismo e atribuído a aqueles que produzem um conhecimento. Aqueles que foram canonizados, mas deixaram uma vasta literatura de conhecimentos. O título de doutor na igreja é dado pelo Papa. Enquanto na academia os denominados papas do conhecimento tem o poder de definir os próximos, uma posição de controle e domínio.

Alguns dirigentes de faculdades particulares tendem a utilizar o título de Reitor, puro exibicionismo e vaidade. Título que sempre coube ao maior dirigente de universidades federais, onde cada faculdade ou escola tem o seu diretor, os berços do saber e do conhecimento. Reitor também é um titulo oriundo do sacerdócio, dirigentes responsáveis de santuários e seminários.

O título de doutor dentro do meio acadêmico também se refere a aquele que produz um conhecimento. O meio acadêmico passa e transfere a responsabilidade a um doutor de produzir um conhecimento. Junto com seus orientandos na posição de orientador deve produzir um conhecimento e divulgar este conhecimento na forma de artigos científicos. Portanto o doutor deve produzir e disseminar o conhecimento.

Com uma disputa acirrada entre os pós-graduados, mestres e doutores estão cada vez mais distantes, já não tem o mesmo status de pós-graduados, os doutores tentam se distinguir com cursos e recursos de pós-doutorados. A plataforma Lattes, homenagem a Cesar Lattes, uma base de dados da sociedade acadêmica já distingue os doutores dos outros produtores de conhecimento. A ferramenta de busca da plataforma separa os currículos em duas categorias, uma de doutor e a outra que comporta os outros, onde se entende os mestres, os graduados e os de nível técnico.

As revistas científicas vão criando seus critérios de seleção aos produtores de conhecimento. E a nova ordem social ditada pelos órgãos de apoio à pesquisa é que o conhecimento seja popularizado. Pesquisadores produzem um conhecimento e buscam uma mídia científica para divulgar seus resultados. Hoje com a internet tornou-se mais fácil produzir e divulgar. Cada produtor de conhecimento pode divulgar ao mundo em seu próprio blog ou site, e haverá sempre alguém para querer aprender algo a mais. Por outro lado aquele que procura uma informação devera saber identificar o que encontra. Títulos não significam mais deter um capital de conhecimento

 

 

 

RODAPE

 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  1/09/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Reiki Master & Karuna Reiki Master
 
023.1461.13
CMEC - Cadastro Municipal de Entidades Culturais
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Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)
 
 
No período de julho/2013 a outubro/2013 estoui concorrendo ao PREMIO DESTAQUES DO MERCADO na categoria Colunista em Informática na publicação Informática em Revista.
 
Pela avaliação parcial estou em segundo lugar na categoria.
 
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